Capítulo 11: A dança

Allison

 

“Dança comigo?” Fiquei encarando Zac enquanto pensava no que fazer. Eu andava confusa com muitas coisas em relação à nós dois, e aqueles últimos dias estavam indo por caminhos que eu realmente não sabia se eram corretos.

“Meus pés estão doendo, Zac. Deixa pra depois.” Inventei qualquer desculpa para recusar seu convite, mas ele se manteve.

“Essa música não pode ser desperdiçada, Allison.” O olhar dele era sério e determinado, como se algo de importante estivesse passando por sua mente. Eu juro, eu pagaria qualquer coisa para ler seus pensamentos nesse momento.

Olhei para o lado ainda pensando se deveria aceitar dançar com ele aquela música tão lenta e bonita e então voltei a olhá-lo. Sorri. Zac estava se mostrando uma pessoa bastante determinada e por um lado eu gostava disso, me fazia bem, mas por outro… Eu ainda achava que toda essa aproximação entre nós dois não era certa.

“Meus pés…” Não tive sequer tempo de concluir minha frase pois no mesmo momento senti as mãos de Zac segurarem as minhas. Fui obrigada a me levantar e ficar de frente para ele.

“A música vai acabar, não quero perder a oportunidade de dançá-la com você, Allison.” Suas mãos envolveram minha cintura e senti o exato momento em que meus pés deixaram o chão e tocaram os pés dele. “Seus pés não vão doer mais agora, isso eu posso garantir.”

“Zac para, eu vou te machucar.” Falei enquanto tentava descer de cima de seus pés.

“Allie, você não está me machucando…” Ele dizia isso em um tom baixo, quase como em um sussurro. “Agora só curte a música, ela é muito especial.” Ele me deu um olhar tranquilo enquanto um leve sorriso brotava em seus lábios. Aquilo me fez ficar parada, o olhando estática.

Zac me puxou para mais perto fazendo com que nossos corpos se encostassem e trouxe seu rosto para encostar no meu, o que fez com que eu sentisse o cheiro de seu perfume tão perto de mim. Suas mãos deixaram minha cintura e subiram por minhas costas lentamente, indo pará-las em meus braços, que ele fez questão de envolver em seu pescoço.

Zac mexia seus pés lentamente por baixo dos meus, nos guiando e seguindo o ritmo da música. O cheiro dele era inebriante e fazia com que eu me perdesse naquela situação toda. Sem sequer que eu percebesse, encostei o nariz em seu pescoço para sentir mais de perto aquele cheiro que emanava dele e fechei os olhos para sentir aquele momento.

Eu sei, era loucura, mas infelizmente eu não conseguia fazer aquilo parar. O clima, a música, o lugar, tudo nos guiava diretamente para esse momento e era impossível me desvencilhar dele agora.

Senti seu nariz passar suave e lentamente por minha maçã-do-rosto e então um leve arrepio quando sua respiração quente encontrou minha orelha que estava fria por causa do vento gelado.

“Você está tremendo.” Ele disse com um fio de voz, me fazendo perceber então que meu corpo inteiro tremia. Eu estava nervosa, quase desesperada e por isso não consegui dizer nada, mas sentir o corpo dele me trazendo para mais perto fez com que eu me sentisse mais… tranquila? Segura.

Suas mãos dançavam lentamente no ritmo da música por minhas costas e por meus braços que estavam enganchados em seu pescoço. Zac tocou sua testa com a minha e foi então que nossos olhos se cruzaram. Eu senti meu coração congelando no exato momento em que Zac segurou meu queixo com uma das mãos, fazendo com que meu rosto se levantasse um pouco mais.

O sorriso levemente torto que ele me deu fez com que eu me perdesse por alguns segundos. Olhar para ele de tão perto assim era hipnótico e no exato momento em que a ponta de seu nariz encostou no meu, eu não vi mais nada. Eu estava absorta demais naquele instante para manter meus olhos abertos. Meus sentidos se aguçaram e eu podia sentir cada movimento de suas mãos sobre mim e cada toque do seu rosto contra o meu.

Quando os lábios de Zac tocaram os meus, meu coração se apertou, indo até no chão e voltando como um loop em uma montanha-russa. Percebi então que eu ansiava por aquilo mais do que qualquer coisa e eu me perguntava por que tínhamos demorado tanto para sentirmos os lábios um do outro. À partir dali não medi mais minhas ações, eu já havia me segurado demais e o pior que poderia acontecer já havia acontecido, de qualquer maneira. Eu estava cansada de reprimir o que eu realmente queria para mim.

Os lábios de Zac eram macios e seu hálito tinha gosto de vinho, quando finalmente resolvi aceitar que aquilo estava realmente acontecendo, retribuí à seu beijo e na hora que sua língua tocou a minha eu pude sentir que aquilo tudo realmente era real.
Eu não queria me soltar dos braços dele, eu queria poder continuar o beijando e sentindo seu toque até que o mundo acabasse.

“Nossa!” – Ouvi uma voz feminina exclamar e por puro nervosismo e susto me soltei e desci de cima dos pés de Zac, que olhou na mesma direção que eu. Era Antonieta que estava com uma taça de um líquido transparente em mãos. “Me desculpem meninos. Eu não queria atrapalhar.” Ela parecia nervosa por ter nos pego e foi então que eu senti meu rosto inteiro queimar. Vergonha? Talvez.

“Você não atrapalhou nada, Antonieta. Eu estava mesmo de saída.” Me abaixei e peguei minhas sandálias, que à essa altura eu nem me importaria mais de calçar.

“Não, espera.” Zac disse com a voz alterada. Ele parecia nervoso e sua voz estava trêmula.

“Zac, agora não.” Eu disse sem nem ao menos o olhar, eu estava morrendo de vergonha, não sei se por termos sido pegos ou pelo que rolou entre nós dois. Me dirigi para a porta que separava a varanda do salão de festas e passei por Antonieta, que estava parada ali, como um furacão. Eu não havia me despedido de ninguém, eu simplesmente sai do cerimonial e fui direto para meu carro.

Que vergonha, que vergonha, que vergonha.

Como você pôde fazer isso, Allison, sua idiota?

Bati minha testa contra o volante por algumas vezes e fiquei pensando no que tinha acontecido há alguns minutos atrás. Como uma coisa tão boa podia ser ao mesmo tempo tão errada?

Suspirei.

Dei partida no carro e segui para minha casa sem sequer olhar para trás. Aquilo era errado e eu não devia ficar me martirizando, mas como eu olharia para ele depois disso? Como o enfrentaria na empresa?

Minha cabeça estava uma bagunça e a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi ligar para Sam. Ela podia até estar longe, mas pelo menos ela me acalmaria.

Droga, eu só precisava de alguém para me ouvir, de alguém com quem eu pudesse desabafar.

“Alô, Allie?” Sam disse do outro lado da linha. Sua voz estava cansada e ao mesmo tempo assustada, como se minha ligação noturna tivesse feito com que ela acordasse no susto. “Está tudo bem?”

“Eu beijei ele. Ele me beijou. Quero dizer, não sei. Nos beijamos.”

“Ow, ow. Calma. Quem beijou quem? Aliás, quem você beijou?”

“Sam…” Eu a chamei sem muito entusiasmo.

“Nãaaaaao, sério?” Ela finalmente parecia ter entendido de quem eu falava.

“Eu sou o desastre em pessoa. Como assim eu fui beijar um funcionário meu, Sam? Como?”

“Allison, para com isso.” Ouvi que Sam suspirou fundo do outro lado da linha. “E daí que ele é o seu funcionário? Vocês sentem atração um pelo o outr–”

“Eu não sinto atração por ele!”

“Allie, está tarde demais para você ficar inventando histórias, pare de mentir para si mesma.”

Bufei.

“Não sei como vou encará-lo na segunda-feira.”

“Você vai encará-lo como sempre encarou os caras com os quais você ficava, na maior naturalidade possível.”

“Não… Com ele… Com ele eu não consigo.”

“E por que com ele seria diferente, Allison?”

Me calei afinal eu também não sabia o que responder.

“Allie, o cara é um gato e estava mais do que na cara que ele estava louco por você, ele não disfarçava, por que não se aproveitar disso?”

“ELE É MEU FUNCIONÁRIO, SAMANTHA.” Eu disse praticamente gritando.

“Abaixe esse tom comigo agora!”

“Desculpe.”

“Tudo bem, agora faça um favor à si mesma e durma um pouco. Você deve estar cansada e pensar sobre isso, nesse horário e cansada não faz o menor sentido. Você só vai pensar merda e depois vai agir do modo errado.”

“Mas…”

“Eu vou aparecer aí amanhã cedo e a gente vai conversar melhor sobre isso. Alguém precisa colocar ideias certas na sua cabeça. Acorde cedo. Eu amo você, Allie.”

“Eu também.”

E desligamos.

Tomei um banho e tentei fazer o que Sam havia me pedido, mas dormir estava totalmente fora de questão naquele momento. Meu cérebro trabalhava à mil por horas e eu não sabia onde aquilo ia parar.

Me levantei e fui até a cozinha fazer um café. Se eu não ia dormir mesmo, por que não tomar um? Ele cheirava e eu já preparava minha caneca quando ouvi passos vindo das escadas.

“Eu estou enganado com o horário ou você está fazendo café a essa hora da noite?”

Sorri, com toda aquela correria, em casa e na empresa, fazia tempo que eu não via meu irmão.

“Se junta à mim?”

Vi que Peter olhou em seu relógio. “Acho que dá pra tomar uma xícara.”

Servi um pouco para meu irmão e eu e nos sentamos nas banquetas em frente ao balcão da cozinha.

“Você está chegando ou saindo?” A resposta era óbvia, mas perguntei assim mesmo.

“Tem uma festa na casa do Matthew e eu fui convidado.”

“Então está saindo…” Eu havia ficado desapontada, afinal aquela era a primeira vez naquela semana que eu encontrava com ele, e… eu precisava dele, oras. Fazia tempo que não conversávamos.

“O que está acontecendo com você? O que é essa carinha?” Pet pegou em minha mão que repousava em cima do balcão e a apertou. “Aconteceu alguma coisa na empresa que está te preocupando?”

“Está tudo bem com a empresa.” Respondi enfática enquanto encarava minha caneca cheia.

“Mas e com você?”

Demorei a responder. “Não é nada.”

“Não confia mais em mim?”

O olhei. Eu sempre confiei em Peter, e isso não havia mudado, mesmo depois de todos esses anos.

“Claro que confio é só que…”

Ele me cortou.

“Está tendo problemas com alguém? Sei lá… Um cara?”

Vi que Peter havia ficado sem graça, afinal ele ainda me via como a garotinha que andava toda descabelada pela casa.

Sorri.

“É complicado.”

“E por que seria? Ele te fez mal?”

“Não! Ao contrário. É só que… Não sei se é certo.”

“E por que não, Allie?” Pet me encarava e eu só conseguia olhar para meu café que esfriava. “Ok, não precisa me dizer o motivo, só que… Se ele te faz mal, acho que você tem que sair dessa o quanto antes, você não precisa sofrer por alguém que não te merece. Mas agora, se não te faz mal, se é realmente ao contrário, como você mesma disse, vai atrás do que te faz bem, Allie. Não deixe nada ficar entre a sua felicidade, independente do que seja ou de quem seja. Acho que as vezes devemos dar chances à nós mesmos.”

Era estranho, porque as coisas haviam acontecido muito de repente. Eu gostava do fato de meu irmão se importar comigo, mesmo que ele não soubesse o motivo exato por eu estar tão confusa.

“Agora olhe bem, jogue esse café fora e vá dormir.” Ele e Sam combinavam tanto. Os dois podiam até ser irmãos.

Eu ri.

“Obrigada… Agora vá se divertir.” Eu disse, dando um toquinho em seu ombro, recolhendo nossas canecas e xícaras logo depois.

“Obrigado.” Pet se levantou e me abraçou. “Não fique pensando muito nisso, no final tudo se resolve.” E me deu um beijo na testa, partindo logo depois. Me virei para a janela e fiquei vigiando meu irmão sair. Eu não sabia se meu pai estava em casa ou não, e preferi não conferir.

Voltei para meu quarto, que àquela hora estava um breu e tirei uma coberta quentinha de dentro do guarda-roupas. A noite estava fresca ao ponto de poder se cobrir. Peguei meu livro de cabeceira e meu celular em cima da cama e me dirigi para a pequena varanda que tinha em meu quarto. Eu adorava ficar lá, principalmente à noite. Ver a lua e as estrelas me distraíam de qualquer problema que eu tivesse. E elas estavam particularmente lindas naquela noite.

Me cobri e peguei meu livro, voltando à ler exatamente onde eu havia parado na noite anterior. O romance estava no ápice e o casal apaixonado estava finalmente se entregando ao que sentiam um pelo outro.

Bufei e fechei o livro com força.

Aquilo só podia ser uma brincadeira mesmo.

Peguei meu celular e o destravei, dando de cara com um enorme… nada, o que me fez ficar chateada, já que no fundo, bem lá no fundo eu esperava encontrar, pelo menos, alguma mensagem dele, ou até mesmo uma ligação perdida. Mas para minha surpresa, encontrei minha tela limpa e sem qualquer notificação.

Joguei o celular de lado, com um misto de sentimentos que eu não conseguia entender. Ao mesmo tempo que eu ficava aliviada por Zachary não ter me ligado, eu estava chateada pelo mesmo motivo.

Eu esperava pelo menos que ele me ligasse se não para falar sobre o que aconteceu, pelo menos para me perguntar por que fui embora tão cedo. E não, nenhum desses assuntos apareceram.

Bufei e voltei para meu livro, o lendo até o final sem o menor animo, mas eu precisava me concentrar em outra coisa no momento, mas aquilo só fazia eu me lembrar mais ainda do que havia acontecido.

***

Meu pescoço doía e eu estava morrendo de frio. Tateei para encontrar minha coberta e não a achei, ela deve ter caído para fora da cama, pensei com cansaço. Abri os olhos devagar, não entendendo muito bem aonde eu estava, afinal, ali não era meu quarto, e disso eu tinha toda certeza.

Tentei me levantar, e com muita dificuldade consegui. Meu pescoço e minhas costas doeram mais ainda com o esforço, afinal, eu estava jogada para um lado com a cabeça pendurada. Não era de se espantar aquela dor toda.

Eu havia dormido na varanda.

Olhei para um lado e para o outro, tentando fazer com que meu pescoço voltasse para o lugar e vi que meu livro e meu celular estavam jogados no chão de qualquer jeito, juntamente com o cobertor que eu havia pego para me cobrir na noite passada.

A curiosidade foi maior e eu tive que conferir meu celular, afinal, eu ainda tinha uma pontinha de esperança de que Zac ligaria, mas novamente, um grande nada me atingiu em cheio.

Será que o beijo que trocamos ontem não havia significado nada? Será que tinha sido só o efeito da música que tocava?

Nossa… Eu estava bem decepcionada.

 

Entrei em meu quarto enrolada em meu cobertor e me joguei imediatamente em cima do colchão. Era ali onde eu ficaria pelo resto do dia, afinal, domingos eram para isso, não é mesmo?

Eu estava quase pegando no sono quando alguns minutos depois ouvi meu celular tocar, anunciando que uma mensagem de texto havia chegado. Isso me fez praticamente pular da cama para buscá-lo onde eu havia o deixado.

Minhas esperanças haviam se acendido de novo, e dessa vez eu estava certa. A mensagem que eu havia recebido era dele.

“Espero que tenha chegado bem ontem à noite. – Z.”

A mensagem era essa. Simples assim. Sem qualquer pergunta que exigisse uma resposta minha e à essa hora. Depois desse tempo todo.

O que eu esperava afinal? Que ele me perguntasse se eu havia sonhado com ele ou qualquer coisa assim?

Bufei e me joguei novamente na cama, afinal eu não tinha nada à respondê-lo.

Enterrei o rosto em meus cobertores e minutos depois ouvi a campainha tocar e pedi aos céus para que alguém atendesse a porta, pois eu não queria ter que levantar para ver quem estava lá embaixo a essa hora da manhã. Aconteceu de Sam aparecer em minha porta e foi quando me lembrei que fora exatamente o que ela prometeu que faria na noite anterior.

Sam nunca falhava comigo.

“Vejo que acordou cedo!” Exclamou enquanto entrava em meu quarto e se jogava por cima de mim em minha cama. “Garota obediente.”

“Hmmmmm,” murmurei. “Sam, o que você anda comendo?” Brinquei enquanto tentava tirá-la de cima de mim. “Quem abriu a porta para você?”

“Seu pai, e obviamente não precisou me mostrar o caminho. Agora vamos levantando. Hoje o seu dia é meu!”

“Nãaaaa–”

“Nada de ‘não’. Eu que mando aqui, vamos!”

Olhei para ela como um cachorro que pedia por petisco. “Ele não ligou, Sam. Me mandou só uma mensagem dizendo que esperava que eu tivesse chegado bem em casa e ponto. Só isso e mais nada.”

Samantha franziu as sobrancelhas enquanto me olhava, confusa. “Allie, foi só um beijo, não é como se você tivesse dormido com ele ou qualquer coisa assim.”

Sam era desse jeito mesmo, ou você a amava ou a odiava, afinal, ela não media as palavras na hora de falar.

“Amanhã você chega lá e se der vocês conversam sobre isso,” Ela continuou. “Caso contrário é só esperar outra oportunidade fora da empresa para tirar proveito daquele homem lindo que é o sonho de qualquer uma.”

Eu ri.

“Samatha, não vai ter outra oportunidade fora da empresa para isso, eu não vou deixar. Não mesmo.”

“Ah, o que é que tem demais contanto que ninguém pegue vocês?” Ela dava um sorriso largo.

Sam era uma sonhadora e tanto.

“Ele é meu funcionário, Sam. Eu não posso.”

“Aaaaah mas que saco. Pare com isso de ‘ele é meu funcionário’ pra lá, e de ‘eu não posso’ para cá! Que chata!” Samantha pegou uma revista ao lado de minha cama e começou a folheá-la enquanto ficava deitada de barriga para baixo. “Se você não pode porque ele é o seu funcionário,” ela frisou essa palavra com uma voz engraçada. “Então é muito simples, Allison. O demita!”

“Samantha!! Eu não posso fazer isso!”

“Então pare de reclamar, oras. Ele não é diferente dos outros caras que você já ficou… Tudo bem que é muito mais bonito que a maioria, mas mesmo assim, não sei porque diabos você está agindo dessa maneira. Você é uma mulher independente e não é o fato de você ter trocado uns beijinhos com um cara que, por acaso, trabalha para você que isso vai fazer você mudar.”

Samantha tinha razão, como na maioria das vezes. Eu não sei porque eu estava me importando tanto com o fato de eu ter beijado Zac, afinal, ele era apenas um cara a mais. Não havia razão para eu ficar daquele jeito.

Respirei fundo e então a encarei. “Para onde vamos?”

Samantha sorriu. “Essa é a minha garota!”

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