Capítulo 28: Troca de sentimentos

Zac

 

Naquela noite eu cheguei em casa e Rachel já estava deitada há algum tempo. Ela havia me mandado uma mensagem mais cedo, falando que estava se sentindo um pouco enjoada e que tentaria dormir para ver se passava, e por isso não me esperaria acordada. Agradeci a Deus por isso. Não pelo fato de Rachel estar se sentindo mal, é claro que não, mas pela desculpa de eu não precisar encará-la depois de ter me encontrado com Allison algumas horas antes quando eu a havia prometido que não o faria mais.

Ao mesmo tempo que eu me arrependia de ter quebrado a promessa que fiz à Rachel, eu sentia meu coração bater mais rápido, como se tivesse acabado de receber uma dose extra de adrenalina diretamente na veia.

Eu queria sair correndo sem ter onde parar. Queria tirar toda aquela ansiedade que apertava e que estraçalhava meu peito. Eu queria desaparecer de uma vez por todas para não ter que encarar essa situação de frente.

Por que eu sempre tinha que viver entre a cruz e a espada?

Tomei um banho para poder dormir logo e esquecer de todos os problemas que passavam por minha cabeça e, quando cheguei no quarto, vi Rachel deitada de lado em nossa cama, dormindo tranquilamente.

Eu queria dar um murro na minha cara.

Eu já previa o que aconteceria: ela descobriria que eu havia me encontrado (e beijado!) Allison, e se magoaria.

O que eu tenho de errado que sempre magoo as mulheres que amo? Parecia até algum tipo de maldição que haviam colocado em mim.

Joguei minha toalha de lado e fiquei nu em frente ao guarda-roupas. Procurei por minha samba-canção em uma das gavetas, para poder dormir mais relaxado, e em um estalar de dedos, me vi vestindo calça jeans e camiseta. Eu estava pronto para sair.

Eu não aguentaria deitar ao lado de Rachel naquela noite sem resolver tudo o que eu tinha pendente com Allison. Aquilo não poderia mais ir para frente, e antes de sequer começarmos a trair nossos parceiros descaradamente, teríamos que acabar com toda essa bagunça que havíamos feito.

Do modo mais silencioso possível, peguei minhas chaves e carteira e sai de casa.

Eu teria que encontrar Allison de qualquer maneira, não importa que horas eram.

***

Em frente da casa dos Watsons me lembrei de minha última vez ali: eu havia saído direto para o hospital. Naquele dia não fui capaz de dizer tudo o que queria para Allison, mas hoje eu não cometeria o mesmo erro. Eu estava determinado. Eu falaria tudo, sem tirar nem por, mesmo que isso me resultasse outra ida para a sala do médico.

Peguei o celular e digitei o número de Allison, que mesmo não estando gravado na agenda, por motivos mais do que óbvios, eu sabia de cor e salteado. A voz dela apareceu do outro lado da linha no terceiro toque e não parecia em nada animada.

“O que você quer, Zac?”

Ela não devia estar nem um pouco feliz depois da conversa que tivemos mais cedo.

“Estou em frente de sua casa. Quer vir aqui fora um pouco?”

“Você o quê?” Ela pareceu surpresa com a informação que eu havia acabado de dar. “Eu não acredito!”

Vi o momento em que Allison apareceu na janela para confirmar que eu dizia a verdade e então o telefone foi desligado sem qualquer aviso prévio.

Não levou nem um minuto para que Allie aparecesse na porta e viesse andando em minha direção.

“Zac, o que você…?” Um sorriso surpreso brotou em seus lábios, parecia que tudo o que ela estava sentindo, há alguns segundos antes, houvesse se dissipado.

“Quero conversar com você.” Eu disse antes que ela terminasse sua frase.

“Conversar?” Ela suspirou, olhou de um lado para o outro e então continuou: “Estou sozinha em casa essa semana. Vamos entrar, te sirvo um café.”

Eu não sabia se aceitar o convite dela era uma boa opção, mas considerando a situação: estávamos no meio da rua, à noite, não tinha uma alma viva por ali e estava frio. Acho que um café cairia bem naquele momento.

Assenti e a segui para dentro da mansão, que eu via pela primeira vez em seu interior. Tudo era muito bem arrumado e limpo, parecia que tudo ali havia sido feito sob medida. Por um instante imaginei o quão duro Steven Watson havia dado para proporcionar todo aquele conforto para os filhos. Eu sentia admiração por ele, afinal, o cara havia começado todo seu império do zero, e hoje estava no topo.

Olhei para Allison, que me indicava o sofá com a mão, e dizia que eu poderia ficar à vontade pois ela já voltaria com nosso café. Assenti e me sentei, e enquanto a esperava, repassei mentalmente todo meu discurso e pensei em como acabaria tudo aquilo de uma vez por todas sem que pelo menos um de nós dois saísse magoado.

Allison não demorou muito para voltar, e trazia consigo uma bandeja com duas xícaras em cima. Me ajeitei melhor no sofá e ela me entregou a xícara cheia. Tomei um gole e fiquei olhando para o objeto branco em minhas mãos. Eu sabia exatamente o que falar, mas não fazia a menor ideia de por onde começar.

Por que as coisas tinham que ser tão complicadas?

“Então…” Allison começou. “O que te traz aqui uma hora dessas, Zac? O que você tem de tão importante para me falar que não dava para esperar o amanhã?”

Tomei mais um gole de meu café e consegui, enfim, olhar para ela.

“Eu pensei muito, Allison. Para ser bem sincero, não consigo pensar em outra coisa além de você e de nossa situação.”

Vi que Allison sorriu. Ela, no mínimo, esperava que eu falasse algo bom sobre esse assunto tão delicado. Ela, então, se aproximou e falou antes que eu pudesse sequer continuar.

“Eu também, Zac. Também não consigo parar de pensar em tudo, em nós dois…”

Perdi a fala naquele momento. Era isso o que não podia acontecer: Allison falar e me fazer perder o sentido com sua voz tão envolvente. Tudo o que eu havia programado para falar ficou completamente preso dentro de mim. Eu simplesmente não tinha força suficiente para deixar aquilo tudo sair.

Allison se aproximou mais, sendo capaz de tocar meu rosto com uma das mãos. O jeito como ela me olhava era mais do que especial. Aquele olhar parecia querer contar toda nossa história, todos os encontros e desencontros que havíamos tido em todos esses anos. Aquele olhar era de uma pureza espetacular.

Quando minha mão, involuntariamente, tocou o rosto dela, eu sabia que estava perdido. Meus sentidos já não obedeciam mais meus comandos e tive plena certeza disso quando meu polegar começou a traçar linhas imaginárias por sua bochecha e, consequentemente, por seu lábio inferior. Allison sorriu para mim de modo doce e segurou as mãos em minha camiseta. Então, eu a trouxe ainda mais para perto pois mesmo que meu cérebro dissesse ‘não’, meu coração berrava e esperneava por um ‘sim’, e eu não era forte o suficiente para ir contra isso.

Em um único puxão por sua nuca, colei meus lábios nos seus e tentei matar um sentimento guardado por quatro anos dentro de mim. Nosso beijo era intenso e cheio de vontade desde o início; era como se não quiséssemos que aquilo acabasse nunca.

Queríamos que aquilo fosse infinito.

Sem sequer desgrudar meus lábios dos dela, enlacei meus dedos por entre os fios de seu cabelo e tive ainda mais segurança do que fazer à seguir. Passando por seus ombros e costas, minhas mãos foram parar em sua cintura, que recebeu toda a pressão de meus dedos, que a apertavam por puro desejo de tê-la tão disponível ao toque.

Eu sabia que aquilo era errado, mas eu simplesmente não conseguia parar.

Com um movimento preciso e rápido, a levantei pela cintura e a trouxe para meu colo, onde ela parecia se encaixar perfeitamente. O peso de seu corpo contra o meu era quase inexistente, mas suficiente para me fazer queimar.

Senti suas mãos se apoiarem em meu ombro e a pressão que ela fez me deixou ainda mais relaxado, diante de tanta tensão a qual estávamos expostos.

Naquele momento fazíamos completamente o contrário do que eu havia imaginado que faria, mas por mais ridículo que possa soar, eu não me arrependia de nada do que acontecia ali. Eu me sentia bem, me sentia pleno, realizado. Era tão bom fazer algo por impulso, só para variar e sair um pouco da rotina.

Nosso beijo continuava, e só descolávamos os lábios um do outro quando precisávamos de fôlego, e mesmo assim eu ainda resmungava pela falta dela. Apesar de já termos nos beijados antes e há tantos anos atrás, aquilo era totalmente diferente. Nosso sentimento era diferente. Éramos diferentes, e acho que era isso o que tornava aquele momento tão especial para nós dois.

Minhas mãos passavam por um caminho, que era a primeira vez que traçavam, mas que pareciam conhecer perfeitamente; ao chegar nas costas, elas se colocaram por baixo da blusa e a pele ali era ainda mais macia e quente. Tocá-la era ótimo, e a cada momento, eu sentia seu corpo tremer e se arrepiar de encontro ao meu. Eu podia sentir; ela também se sentia como eu. Ela também queria estar ali, por mais errado que aquilo fosse.

Quando suas mãos saíram de meus ombros para a barra de minha camisa, senti como se fosse um sinal para que eu seguisse em frente com meus planos, para que eu fosse além… Sua blusa, então, passou por sua cabeça e foi voando até o chão, e a primeira visão que tive foi da renda branca que cobria seus seios cheios e redondos.

Eu estava maravilhado com aquela visão, que me fez tremer de excitação. Era como se eu fosse uma criança que acabara de ganhar um brinquedo que queria há tempos, ou no meu caso, há anos…

A olhei nos olhos e vi toda uma inocência que eu talvez nunca tivesse visto ali. Eles brilhavam como se quisessem me mandar alguma mensagem, como se estivessem cheios de sentimento prontos a serem libertos. Ela sorriu docemente e, então, suas bochechas coraram de leve. Fiquei confuso de início, mas no segundo seguinte eu entendi o porquê… Suas mãos que antes estavam em meu corpo foram parar no fecho de seu sutiã, que foi aberto lentamente. Ela se entregava à mim de corpo e alma e isso se refletia na cor de seu rosto. Para ela aquilo não era errado; para ela, aquilo tudo fazia o maior sentido do mundo.

Sem deixar de olhá-la nos olhos, levei minhas mãos de encontro às alças de seu sutiã e lentamente, a ajudei a retirá-lo, passando as alças por seus ombros e braços, até que eles estivessem completamente longe de seu corpo. Meus olhos, que antes não deixavam os de Allison, foram diretamente de encontro aos seios dela, que tinham os mamilos completamente rijos e rosados, apontando para mim. Após ter aquela visão, senti um calor e um formigamento vindo de minha virilha e fui obrigado a me ajeitar melhor no sofá.

De alguma maneira, eu já estava satisfeito, mesmo querendo mais e mais vindo dela. Mas se por fim nada acontecesse entre nós naquela noite, eu já teria ganhado muito. Vê-la entregue daquele jeito fazia com que meu coração explodisse em um fogo que se espalhava por todo meu corpo, desde a ponta dos dedos até o último fio de cabelo.

Sem tirar os olhos de seus seios, pude ver que seu peito subia e descia de modo frenético. Eu não sabia se aquilo era puro desejo ou se havia alguma pitada de medo, vergonha ou arrependimento ali. Eu tinha que descobrir o que era que se passava por sua mente antes de sequer pensar em seguir à diante com aquilo tudo. Eu tinha que descobrir se ela tinha certeza de que queria ir em frente com aquilo tanto quanto eu queria.

“Você tem…” Tentei balbuciar uma pergunta e fui calado com um beijo repentino; era como se ela dissesse com aquele beijo que se eu falasse alguma coisa, estragaria tudo. Minha voz havia saído mais grave do que eu esperava e isso só significava uma coisa: eu não conseguiria me segurar dali pra frente.

“Não fala nada…” Ela havia dito em meu ouvido, e sua voz, que saíra baixa, também estava rouca de desejo.

Assim que Allison colou seus lábios nos meus mais uma vez, suas mãos foram, novamente, parar na barra de minha camisa, que foi tirada em um rompante. Seus lábios, que antes estavam sobre os meus, agora seguiam um caminho por meu peito liso, e isso fazia com que os pelos de minha nuca se eriçassem.

Allison segurou minhas mãos, que estavam em suas coxas, e as guiou em direção à parte de cima de seu corpo. Os seios dela foram capazes de preencher completamente minhas palmas, e a pressão que ela fazia contra minhas mãos, me deixava ainda mais confiante e excitado para seguir em frente. Os apertei com vontade e ouvi Allison gemer baixo enquanto ainda beijava meu peitoral, seguindo em direção ao meu pescoço. Eu queria apertá-los ainda mais, queria sugar os mamilos dela e os colocar inteiros na boca, mas o fato de estarmos tão expostos assim me fez imaginar o que aconteceria se alguém nos pegasse naquela situação bem no meio da sala.

Que hospital que nada, eu sairia dali direto para um cemitério.

Por mais que ela dissesse que estaria sozinha a semana inteira, eu não gostava de contar muito com a sorte que eu tinha, que aliás, não era uma das melhores.

Abandonei seus seios por um momento e seu quadril recebeu o peso de minhas mãos, que não conseguiram se controlar e a apertaram tão forte quanto puderam, deixando uma marca vermelha no lugar da pressão. Eu a trouxe para mais perto e meu peito se encostou contra o seu. Seus seios estavam mais volumosos do que estavam quando os vi em um primeiro momento e eu sentia os mamilos rígidos contra minha pele; eles faziam um desenho em meu peito que nem eu ou Allison podíamos ver.

Encostei meus lábios contra sua orelha e suspirei. Com uma voz em quase sussurro, eu disse: “Me leve para o seu quarto!” E como se para selar meu pedido, passei a língua pelo lóbulo de sua orelha. Em meu colo, Allison tremeu completamente, dos pés à cabeça e soltou um suspiro alto enquanto balançava a cabeça positivamente.

Ainda a segurando pela cintura, a coloquei no chão, e ela me puxou pelo braço, fazendo com que eu me colocasse de pé e me encostasse nela novamente, que me puxou para outro beijo intenso. Andávamos pela casa sem saber por onde íamos, um corpo colado no outro, peito no peito, coração com coração. Eu confiava cegamente na memória de Allison, que nos levaria para o quarto em segurança, mas pelo caminho até lá esbarrávamos em vários objetos, deixando alguns até caírem no chão com um barulho seco.

Quando chegamos perto da porta do quarto de Allison, a coloquei contra a parede e meu corpo se imprensou ao seu. Eu sentia minha virilha queimar e eu sabia que isso só passaria se Allison me ajudasse.

Meus lábios saíram de sua boca e foram de encontro ao seu pescoço, que recebeu toda a atenção necessária e merecida. Minha língua passou, lentamente, por cima de sua veia mais exposta e então foi do lóbulo ao tragus de sua orelha de uma vez só.

“Quero você…” Ouvi minha voz grave sussurrar e alisei suas pernas por cima do jeans. Eu não queria pular etapas com Allison, mas o desejo só fazia crescer dentro de mim. Eu queria que ela sentisse como eu estava naquele momento e como eu me sentia por ela, então, de maneira decidida, pressionei minha ereção contra o centro dela. O gemido baixo que ela soltou contra meu pescoço foi o suficiente para me fazer puxá-la pelas pernas e a colocar envolvida em minha cintura, enquanto apoiava o peso de seu tronco em meus ombros.

Apoiei minhas duas mãos contra a parede e voltei a beija-la na boca enquanto ela ainda se segurava em meus ombros. Alguns segundos depois, envolvi uma de minhas mãos em sua cintura e com a outra, tateei à procura da maçaneta da porta, que se abriu pouco tempo depois.

Sem colocar Allison no chão, entrei no cômodo onde tudo aconteceria dali algum tempo e quando encontrei a cama, coloquei Allison deitada suavemente contra ela.

A olhei e sorri, beijando a ponta de seu nariz em seguida. Quantos anos tivemos que esperar? Quantos anos de um desejo encubado? Beijei seus lábios rapidamente e então seu queixo. Eu queria beija-la por inteiro, sem deixar qualquer milímetro intocado.

Meus lábios desceram por seu pescoço e minha língua passou pelo osso de sua clavícula. O meio entre seus seios veio logo em seguida, e minhas mãos, como se já conhecessem o caminho, seguraram ambos os círculos rosados que eu achava tão lindos. Os apertei com as mãos cheias e ouvi Allison suspirando. Ela gostava de sentir meu toque em seu corpo e isso sempre se confirmava pelos sons que ela fazia.

Olhei para o rosto dela e sorri de canto de boca, aquela era a minha hora de prová-la e eu não queria saber de mais nada…

Como se fosse taça, minha mão se colocou embaixo de seu seio, segurando-o para que recebesse minha boca dali a segundos. A ponta de minha língua foi a primeira a sentir o gosto e a textura de Allison, que tinha o bico de seu peito duro feito pedra. Os próximos a provarem aquele gosto maravilhoso foram meus lábios, que envolveram o mamilo incrivelmente rosado que estava em minha frente.

Um gemido escapou dos lábios de Allison, e como se ainda fosse possível, senti minha calça ficar ainda mais apertada. Eu queria estar dentro dela logo, mas eu também queria aproveitar tudo o que eu pudesse daquela noite.

Seu mamilo recebeu atenção especial de minha língua, e foi sugado inúmeras vezes antes de receber uma leve pressão de meus dentes contra eles.

Aaaah…” Allison deixou escapar involuntariamente.

Segui para o outro seio, que chegava a ter o bico duro e sulcado de tanto desejo. Dei a mesma atenção que havia dado para o anterior, e enquanto minha boca não deixava seu pomo, as pontas de meus dedos passavam pela barriga e umbigo dela, parando bem em cima do botão de sua calça.

Dei uma última lambida na curva que sustentava o seio de Allison e dei beijos lentos por suas costelas.

Dizem que mulheres têm uma sensibilidade maior na barriga, e eu sabia que isso era verdade, mas pude comprovar pessoalmente que essa tese também se encaixava perfeitamente em Allison, já que ela chegou a se arquear quando minha boca tocou a área de sua cintura. Alguns beijos foram distribuídos por aquela região e então, enfim, desabotoei sua calça jeans e desci o zíper.

Olhei para cima e vi que as mãos de Allison seguravam o lençol de sua cama como se sua vida dependesse daquilo. Sorri para mim mesmo, e então comecei a descer por seu quadril e suas pernas, a calça que ela vestia. Vi a mesma renda branca de seu sutiã, agora estampada em sua calcinha e por mais que eu gostasse dela, queria vê-la livre daquilo o mais rápido possível, e foi exatamente o que fiz.

Com a mão esquerda segurei a fita que envolvia sua cintura e do outro lado, meus dentes entraram em ação; mordi o elástico da calcinha que Allison vestia e, com os dentes, me vi livre da peça branca que eu tanto gostava.

Voltei a subir até a altura de sua cintura e com as duas mãos envoltas em suas pernas, comecei a beijar o osso íleo de seu quadril. Allison se mexia inquietamente embaixo de mim enquanto soltava alguns sons abafados, e eu levava aquilo como total elogio, pois era sinal de que ela gostava.

Subi a mão esquerda por dentro de suas pernas, as abrindo levemente, e de modo suave toquei a parte mais sensível de seu corpo. Eu e ela gememos em uníssono com o toque e pude comprovar o quão excitada e úmida ela já estava.

“Você está tão…” Escorreguei dois de meus dedos delicadamente para dentro dela e a ouvi gemer um pouco mais alto dessa vez. “Você já está pronta para mim.” Eu falei tão baixo que foi mais para mim do que para ela.

Hmmm…” Dessa vez a vítima dos apertos de suas mãos foi o travesseiro, que sustentava toda a excitação não-verbalizada de Allison.

Meu dedão foi de encontro ao seu clitóris e no momento em que meus dedos começaram a entrar e sair de dentro dela e meu dedão começou a massageá-la em uma das partes mais sensíveis de uma mulher, Allison entrou em colapso. Ela lutava para não rebolar embaixo de minhas mãos e seus gemidos, que antes eram mais contidos, agora saiam de seus lábios sem qualquer pudor.

Sua cintura me serviu de apoio para a mão enquanto eu continuava focado completamente e somente em Allison; eu a apertava como se sentisse toda a excitação dela em minha própria pele. Eu queria vê-la chegar ao ápice ali na minha frente, então assim, eu estaria completamente satisfeito comigo mesmo.

Beijos começaram a ser depositados em sua pelve e Allison, que antes quase arrancava as penas de seu travesseiro, agora segurava firme em meus cabelos. Eu não queria nem saber se perderia meus fios, que parecia que seriam arrancados do cocoruco em alguns segundos, eu só queria dar o máximo de prazer à ela, que implorava e clamava por piedade embaixo de mim.

Em um movimento único, retirei meus dedos de onde estavam anteriormente e abri ainda mais as pernas de Allison, que ofegava e não me contia em momento algum. Minha boca pousou em seu centro, bem onde meu dedão estava há apenas alguns segundos atrás, o que fez com que ela desse um puxão em meu cabelo, quase os arrancando pela raiz.

No lugar de meu dedo, agora minha língua massageava e sugava o clitóris de Allison, que chamava por meu nome a todo o momento com sua voz falha enquanto seu corpo se arqueava para trás e seus mamilos rijos apontavam para o teto. “Z-ac… Za-c…” Aquilo era como música para meus ouvidos e eu iria querer ouví-la me chamar daquele jeito sempre à partir dessa noite.

Enquanto meu rosto ainda estava escondido no meio das pernas de Allison, ela começou a empurrar meus ombros ao mesmo tempo que queria puxá-los para cima; era um misto de querer que eu continuasse com um querer que eu parasse, pois parecia que ela já não aguentava mais. A segurei pelo quadril com as duas mãos para dar mais sustentação e para não deixá-la fugir de mim quando o momento chegasse. Investi, ainda mais, minha língua contra a feminilidade dela, e momentos após, seu corpo começou a tremer de forma involuntária e seu último gemido se prolongou e foi então que eu entendi: ela havia chegado em seu ápice.

Sorri de satisfação, dei um último beijo em sua pelve e voltei, lentamente, para seu lado na cama. Allison ainda respirava com dificuldade, e mesmo que estivesse de olhos fechados, seu rosto demonstrava completa contentação. Apoiei minha cabeça em uma de minhas mãos, e fiquei de lado, a olhando. Era lindo poder ver seu rosto tão relaxado depois de ela se entregar totalmente para mim. Minha virilha ainda queimava de excitação e era claro que eu teria que me aliviar de alguma forma, mas só de ter proporcionado todo aquele prazer para ela, já fazia valer a pena. Eu não me importava de ser esquecido, contanto que ela estivesse satisfeita.

Toquei seu rosto com a mão livre e foi então que ela abriu os olhos e virou seu rosto para mim. Seus olhos pareciam leves e relaxados, e o sorriso que ela deu à seguir fez meu coração disparar de felicidade. Ela ficou me olhando por alguns segundos e então se apoiou em um dos cotovelos e me deu um beijo terno e ao mesmo tempo quente. Sua mão foi parar em meu peitoral, onde ela alisava lentamente.

Em um segundo Allison estava do meu lado, e no outro estava montada em cima de meu quadril, com as mãos apoiadas em meu peito enquanto me beijava com intensidade. Estávamos separados por uma calça jeans que só fazia me incomodar e ficar menor a cada segundo que se passava, mas mesmo assim Allison se mexia em cima de mim, como se quisesse me torturar mais ainda. Como se quisesse me mostrar todo o poder que tinha sobre mim.

Me sentei na cama, com Allison ainda em meu colo e a segurei pela cintura, envolvendo todo meu braço por ela, sem parar de beijá-la, me virei e a coloquei mais uma vez de costas na cama. Eu tinha que dar um jeito de tirar aquele resto de roupa que nos separava. Selei aquele beijo de tirar o fôlego com um selinho e me levantei da cama, ficando de frente para ela. Sem tirar os olhos dos seus, fiquei contemplando-a ali, deitada em minha frente, completamente nua, exposta e entregue.

Tirei minha carteira que ainda estava no bolso de meus jeans e de dentro dela tirei uma camisinha, que eu guardava ali como qualquer outro cara faria. Coloquei tanto a carteira quanto a camisinha no criado-mudo e comecei a desabotoar a calça. Minha ereção doía de desejo e vontade de possuir Allison, e eu já não seria capaz de aguentar por muito tempo mais, na situação em que eu me encontrava.

Joguei a calça e a cueca para um lado e nesse momento vi que Allison me encarou com surpresa, tentando esconder o fato de que ficou boquiaberta. Sorri de canto de boca, me sentindo um tanto quanto lisonjeado. Peguei de novo a camisinha em mãos e me sentei na ponta da cama, onde os pés de Allie estavam.

De costas para ela, me concentrei em abrir e colocar a camisinha direito e do modo mais rápido possível, já que eu não queria esperar nem mais um minuto para estar com ela novamente.

Mordiscadas e leves lambidas em minha orelha me fizeram perceber que Allison estava de joelhos atrás de mim. Suas mãos envolveram meu peitoral, o alisando e pude sentir seus seios subirem e descerem em minhas costas. Seus cabelos caiam por meu ombro, me fazendo cócegas e minhas mãos começaram a tremer de excitação, enquanto eu desenrolava nossa proteção por meu membro.

Meus braços estavam completamente arrepiados e em um único movimento, me virei para trás e a agarrei pela cintura, me jogando por cima dela na cama com delicadeza. Ela soltou uma risadinha, o que também me fez sorrir e por mais que nossas bocas não estivessem encostadas, estávamos com os rostos e os corpos tão próximos que eu podia sentir sua testa contra a minha enquanto nossos olhos se encontravam.

A abracei com apenas um de meus braços, passei a outra mão, tirando uma mecha de cabelo de seu rosto e me posicionei melhor sobre ela. Enquanto tentava me colocar no meio de suas pernas, eu tentava abrí-las com as minhas e ela me permitia sem qualquer restrição.

Meu membro tocou seu centro úmido, e ambos soltaram gemidos de excitação baixos.

Era agora ou nunca.

Dei um beijo em seus lábios e não abandonei seus olhos nem por um segundo nos próximos momentos. Uma das pernas de Allie foi parar em minha cintura, envolvendo meu corpo e o amarrando contra o seu. Com uma de minhas mãos posicionei minha ereção de encontro à seu centro e o empurrei lentamente para dentro dela. Allison era apertada e eu podia ver em seu rosto, que se arqueava e se transformava, que ela devia achar que eu era grande demais para ela. Sua respiração estava presa em seus pulmões e eu tinha certeza que ela só soltaria o ar quando estivéssemos, finalmente, adaptados um ao outro.

Terminei de penetrá-la por completo e fiquei quieto por um tempo, sem sequer me mexer, apenas olhando nos olhos dela, que tinham as sobrancelhas ainda franzidas. Eu estava preocupado por talvez ela estar sentindo alguma dor mais forte do que o normal, mas então vi e senti o exato momento em que ela voltou a respirar e dei graças à Deus. Sua expressão relaxou e pude ver um sorriso brotar de seus lábios rosas.

Aquele era nosso momento de entrega total. Estávamos completamente expostos um para o outro, sem qualquer dúvida ou pudor. Ali éramos apenas um, não existia Allison e Zachary, e sim um só de nós dois. Tanto nossos corpos, quanto nossas almas estavam conectados.

E eu queria ficar assim para sempre.

Capítulo 29 >>

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